sábado, 17 de setembro de 2011

Novo Anel, Mesma Aliança


Um novo Anel para uma mesma Aliança.
Meu amor merece que eu ande com um novo anel, parra assim demonstrar publicamente que a amo muito, e quero que todos saibam.
Um novo anel pode ser de ouro ou de prata, mas se não tem uma aliança verdadeira como pano de fundo, seria apenas mais um anel.
Parece um detalhe, mas faz uma falta muito grande ter um anel no dedo anelar esquerdo.
Lembro que outro dia eu estava em um lugar e fui discriminado por ser pastor e solteiro, até que um amigo esclareceu que eu era casado e ainda tinha 2 filhas lindas.
Esse anel faz muita diferença também em seu viver diário, sempre que olho para minha mão, é como se olhasse para meu amor, e inconscientemente vem a imagem de minha linda e maravilhosa esposa.

E pra falar a verdade, o pangaré aqui perdeu a aliança do dia do casamento, sinto muito por ter feito isso, é que ela estava me machucando devido os 25 kilos a mais depois do casamento.

Enfim quero a cada dia olhar para meu dedo e mesmo estando longe estar perto de minha amada.

Ronny

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Laranjas e o Brasil que passa fome.

   Já faz algum tempo tenho viajado pela minha região, estradas boas, porém tem 13km de terra que me faz uma economia de 40km, é bom a estrada tem apenas alguns trechos de pedras, mas a velocidade média é de 80km/h
   Nessa estrada temos, plantações das mais diversas, Eucalipto é o predominante, mas temos soja, milho, cana, trigo, sorgo, feijão, algodão e laranjas.
   Tenho observado que sempre na época da safra tudo fica espalhado pelo chão grande parte das cargas dos caminhões. Outro dia estava atrás de um caminhão e senti uma pedrinhas no carro, quando me dei conta na verdade era milho, o caminhão parecia uma torneirinha espalhando milho pela estrada e batendo no parabrisas, fiquei muito, mas muito incomodado, e falava com minha linda esposa, "olhe querida, a riqueza de nossa nação sendo jogada fora"!!!!!
   E como andei 2000 km nos últimos dias, a cena se repete em todas as rodovias que passei, pelo menos 7 rodovias e estradas vicinais.
  Ontem porém me revoltei, por volta das 22:00 deixei a casa do Alexandre Cardoso e da Daniela Rocha, na bela cidade de Itaí, quando cheguei na Estrada de terra, percebi algumas pedras que não estavam lá 3 horas antes, e comecei a desviar, como não há nada em volta e a única iluminação é da lua e do farol do carro, demorei um pouco para perceber que eram "laranjas", muitas laranjas, diminui a velocidade e comecei a perceber, muitas e muitas laranjas, e fui dirigindo e ficando triste por ser tarde na noite, sem iluminação natural, e sem um pé de gente por perto "pelo menos aparentemente", e comecei a conjecturar a repeito de como seria fácil pegar as laranjas espalhadas pela rua com uma pá, uma rede, uma pessoa pedurada no carro, enfim, alguma maneira de pegar as laranjas sem parar o carro, e uma onça ou um tamanduá me pegar, a onça nunca vi, mas tamanduá já vi vários.
   Movido por um profundo sentimento de revolta, parei o carro e comecei a recolher as laranjas, uma, duas, tres, muitas laranjas como pode ver no video. Parava o carro abria a porta e sem sair do carro, pegava as suculentas frutas, grandes e aparentemente boas para o consumo, (ainda não comi nenhuma), parei em local onde havia muitas e enchi as duas mãos, como os tenistas fazem, 3 em cada mão. Cada vez que voltava para o carro meu coração disparava, num misto de angustia pela situação pitoresca e pela ansiedade para contar para minha esposa que o lugar dela no carro estava cheio de laranjas....
   A hora foi avançando e estava fora do meu prazo para chegar em casa, parei de pegar o fruto doce e ácido, e acelerei o carro, mas não pude deixar de reparar quantas ficavam para trás, sem exagero, ficou em 13km de estrada pelo menos 3 caixas de laranjas, sei que hoje tem muitas pessoas em nosso país que não terá R$ 2,00 para comprar uma dúzia de laranjas, e se alguém chegar no dono da fazenda e pedir 3 caixas de laranja ou apenas uma dúzia, é bem possível que receba um não.
  Nossa riqueza está ficando pelo caminho, considerando que o caminho até SP são 300km de estrada, pelo menos mais uma caixa deva cair dos caminhões visto que no asfalta cai menos, mas cai.
  Não sei como terminar esse texto, só que sei que em um Brasil que ainda existe milhões na pobreza extrema  as laranjas ficam pelo caminho, deixando muitos sem mesmo o bagaço.

Pastor Ronny